A Internet 4G do Brasil é uma das piores do mundo, segundo mostra um estudo da OpenSignal, empresa que monitora o desempenho de operadoras de celular. O país tem poucas redes acessíveis, e é o sexto pior em disponibilidade. Além disso, a velocidade da conexão obtida pelos brasileiros caiu em relação ao semestre passado, chegando agora na faixa média de 19,32 Mb/s.
A pesquisa foi feita de 1º de janeiro a 31 de março de 2017, em 75 países, onde quase 560 mil usuários baixaram o app da empresa. Ela mostrou que os locais que já demonstravam uma boa cobertura e desempenho continuam continuam crescendo, mas as regiões com Internet mediana ou ruim não apresentaram melhorias, ou até mesmo caíram nos rankings.
No caso do Brasil, a disponibilidade do 4G, ou seja, quanto tempo os usuários têm acesso às redes de quarta geração – sem contar a cobertura geográfica – é a sexta pior entre os 75 países analisados. A Internet brasileira fica atrás apenas do Paquistão, Filipinas, Irlanda, Equador e Sri Lanka, segundo o ranking divulgado em junho de 2017. Na pesquisa do ano passado, o Brasil estava mais bem colocado, na frente de 15 territórios.
Quem desbanca todos neste quesito é a Coréia do Sul e o Japão. Os dois, pelo terceiro semestre seguido, são os únicos com redes 4G em mais de 90% do tempo. Uma das curiosidades em disponibilidade é a Índia, que saltou do 24º lugar, no ano passado, para 15º neste estudo. De acordo com a OpenSignal, o resultado se deve ao investimento de uma empresa no país, que criou 100 milhões de novos usuários usando o LTE, mesmo que em velocidades baixas.
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Mesmo que não seja uma queda brusca, o Brasil perdeu pontos no quesito velocidade 4G LTE. Antes com média de 19,68 Mb/s, os brasileiros agora usam a conexão com 19,32 Mb/s. O país não perdeu colocações no ranking, mas esse cenário aponta que é preciso um maior investimento na tecnologia, já que os territórios classificados como medianos ou ruins tendem a não crescer ou piorar.
No topo do ranking de velocidade, Singapura, Coréia do Sul, Hungria e Noruega têm índices com 40 Mbps ou mais, resultados que concorrem até mesmo com conexões banda larga com fio em muitos países em desenvolvimento, e é possível que o primeiro colocado atinja 50 Mbps nos próximos meses.
Um ponto interessante a ser analisado na categoria é o investimento de países como Hungria, Romênia, Letônia e Lituânia em LTE-Advanced, um tipo de 4G ainda bem mais rápido do que o nosso 4G Plus. Além de disponibilizar celulares compatíveis com a tecnologia, os países também criaram redes para mais velocidade, o que resultou em uma boa colocação no ranking.
Apesar dos resultados ruins no Brasil e em outros países em desenvolvimento, o estudo da OpenSignal revelou que na maioria dos 75 locais analisados os usuários conseguem se conectar ao 4G LTE em mais de 60% do tempo. Além disso, antes, apenas 11 países ofereciam disponibilidade de mais de 80%, faixa agora ocupada por 16 nacionalidades.
Ao comparar a velocidade média mundial de downloads do 4G com outras tecnologias sem fio, como 3G e Wi-Fi, o LTE se destaca com 16,2 Mbps, enquanto a segunda rede na lista atinge apenas 8,8 Mbps.
Data: 09/06/2017